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Voltar CSJT promove workshop para debater aprendizagem no setor bancário e combate ao trabalho infantil

O Tribunal Superior do Trabalho (TST) e o Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT) promoveram, na quinta-feira (20), o workshop “Aprendizagem no setor bancário”. No evento foram discutidas metas e prioridades para ampliar a contratação de aprendizes no mercado financeiro e bancário.

A coordenadora nacional do Programa Nacional de Combate ao Trabalho Infantil e de Estímulo à Aprendizagem, ministra Kátia Magalhães Arruda discutiu sobre o tema com especialistas e representantes dos principais bancos e instituições financeiras do país. Debateu, também, com representantes da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), do Ministério do Trabalho, do Ministério Público do Trabalho (MPT) e com integrantes da Organização das Nações Unidas (ONU).

A ministra afirma que o Brasil ainda é um país muito hostil com a juventude e acaba por gastar mais com a ressocialização de meninos infratores do que com programas realmente transformadores.   “Nós nos preocupamos com o trabalho infantil, que atinge 2 milhões de crianças e adolescentes no Brasil. As pesquisas mostram que em torno de 70% desses adolescentes têm mais de 14 anos e poderiam estar na aprendizagem legal, porém estão submetidos às piores formas de trabalho infantil, em lugares como carvoarias e lixões”, disse.

Segundo a ministra, a aprendizagem do jovem envolve educação e oferece oportunidades para fazê-lo crescer profissionalmente e a ganhar mais no futuro. “Quando nós apontamos perspectivas para a nossa juventude, estamos construindo um projeto de nação, uma nova nação. O que está posto aí é só violência e desagregação. As poucas oportunidades oferecidas não estão resolvendo os nossos problemas”, diz.

Na mesma linha, a procuradora do Ministério Público do Trabalho Dulce Martini Torzecki comentou que a população brasileira vive em um país de extrema desigualdade e de muitas dificuldades no que se refere ao acesso à educação, pelo que é necessário dar incentivos a adolescentes e jovens. "Nossa meta aqui é procurar soluções para dar mais oportunidades a aprendizes no setor bancário".

Também convidado a opinar sobre o tema, o diretor de Políticas de Empregabilidade do Ministério do Trabalho, Higino Brito Vieira, disse acreditar que a integração e o diálogo impulsionam uma discussão mais qualificada. "Com isso pensamos não somente no número de aprendizes, mas também na qualidade do programa de aprendizagem proposto", comenta. Segundo Higino, a reunião foi importante para esclarecer quais são as dificuldades que o setor bancário enfrenta na hora de contratar um aprendiz. 

Por fim, o representante da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Nicolino Eugênio da Silva Júnior, salientou a importância de os representantes do setor bancário apresentarem o que têm feito no campo da aprendizagem e entenderem o que ainda devem melhorar. "Os jovens são o futuro da nação e esse futuro depende necessariamente da educação".

Segundo ele, o setor bancário sempre teve um bom propósito em relação a oferecer oportunidades aos jovens e sempre investiu no cumprimento da lei da aprendizagem. "Estamos certos de que nós fazemos uma entrega de altíssima qualidade no setor bancário. A aprendizagem em nosso setor é uma vitrine que serve de exemplo para muitos outros setores da economia".

No final do workshop, os participantes consideraram o evento muito produtivo e prometeram se unir em prol da Lei da Aprendizagem. Como agenda futura, ficou definido que cada parte deve fortalecer o contato com os conselhos, compartilhar informações e refletir sobre como pôr em prática o que foi discutido no encontro, além de divulgar a reunião para dar visibilidade ao diálogo promovido.

 

GL/NV/JA

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