A palestra inicial ficou a cargo de Pietro Delai, gerente de pesquisa e consultoria na “International Data Group”. Ele enfatizou a sexta colocação do Brasil no ranking mundial dos mercados de tecnologia da informação

O presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e do Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT), ministro Ives Gandra da Silva Martins Filho, participou nesta quinta-feira (30) do Encontro Nacional de Tecnologia da Informação da Justiça do Trabalho (Enastic/JT). O evento tem o objetivo de debater a modernização dos processos, além do compartilhamento de ideias sobre novas tecnologias e apresentação de cases. Marcaram presença na abertura o ministro do TST Alexandre de Souza Agra Belmonte e o juiz auxiliar da presidência, Maximiliano Pereira de Carvalho. O evento contou, também, com a palestra inicial de Pietro Delai, gerente de Pesquisa e Consultoria na International Data Group. Segundo Pietro, o Brasil está entre os maiores mercados de tecnologia da informação, estando em 6º lugar no ranking mundial.

De acordo com Ives Gandra, o evento é uma interação entre os profissionais de Tecnologia da Informação e os usuários. “Hoje, nós trabalharemos no sentido de ver aquilo que precisamos, o que é necessário para a Justiça do Trabalho e como nós podemos aperfeiçoar os serviços que são prestados através da TI”, explicou.

Ives Gandra acrescentou que, em um cenário de transformação digital, a tecnologia é a principal fonte de crescimento da economia, fato que possibilita aumentar o acesso e a disponibilidade dos mais diversos tipos de informações e ferramentas. “Assim como em outros segmentos, o setor público enfrenta o desafio de diminuir a burocracia dos processos e desenvolver novas maneiras de se relacionar com a sociedade”, disse o presidente, que apontou o Processo Judicial eletrônico (PJe) como o carro chefe dessa nova fase. “O PJe está implementado em 100% da Justiça do Trabalho e é uma ferramenta que foi abordada no Enastic”. 

O presidente do TST lembrou, ainda, do perfil vanguardista que a Justiça do Trabalho possui no âmbito do PJe em todo o Poder Judiciário. “Quando visitei vários países para verificar como se dá a prestação jurisdicional, especialmente em cortes constitucionais, tribunais superiores, cortes de cassação e apelação, vi que, quando contamos que no Brasil a Justiça do Trabalho está 100% no PJe, eles acham que isso é algo impossível”, afirmou. Porém, para o presidente, o sistema ainda precisa de aprimoramentos. “Deixo três desafios para os profissionais de TI presentes no evento: que tornem o PJe mais célere, com maior segurança e com maiores facilidades de uso”, concluiu.

O ministro Alexandre de Souza Agra Belmonte também enfatizou o perfil pioneiro da JT a ponto de ser possível examinar e decidir processos por aparelhos como o Tablet. Agra Belmonte explicou que, além do PJe, outros pontos fortes da tecnologia da JT são o plenário e o gabinete eletrônico, que estão totalmente integrados ao PJe. “A intenção é padronizar e reduzir o número de sistemas informatizados utilizados no Tribunal”, afirmou.

Já o secretário de Tecnologia da Informação e Comunicação do CSJT, Claudio Fontes Feijó, lembrou que a Justiça do Trabalho está no caminho da informatização há mais de dez anos. “Com o trabalho da TI, e com a contribuição de todos os tribunais regionais do trabalho, a JT conseguiu, com sucesso, implementar o Sistema do PJe”.

Em sua participação, o juiz auxiliar da presidência, Maximiliano Pereira de Carvalho, apontou o dia 5 de dezembro próximo como um marco para a Justiça do Trabalho, com a instalação da versão 2.0 do PJe.  "O sistema, que completa seis anos de instalação na JT, passará a distribuir processos também na Sessão de Dissídios Individuais I, o último órgão julgador que ainda não dispunha do PJe”, comemorou. 

(Nathalia Valente/RT)