Publicador de Conteúdos e Mídias

Voltar Gestores do Programa Trabalho Seguro discutem assédio moral e cultura de paz e tolerância

Em encontro realizado na sexta-feira (14) no Tribunal Superior do Trabalho, os gestores nacionais do Programa Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho (Trabalho Seguro) trataram de questões que envolvem a violência no trabalho. O encontro é preparatório para a reunião com os gestores nacionais e regionais, que será realizada em outubro, e para o seminário internacional programado para o próximo ano.   

Assédio moral 

A violência física ou psíquica no trabalho foi o tema escolhido pela Presidência do Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT) para o Programa Trabalho Seguro no biênio 2018/2019. “Tenho enorme preocupação com o assédio moral e pretendo realizar no próximo ano um grande movimento sobre o tema, com a intenção de inibir suas causas e minimizar seus efeitos”, afirmou o ministro Brito Pereira, presidente do TST e do CSJT, na abertura do encontro.

As formas típicas de assédio moral – constrangimento, intolerância, intimidação, abuso, violência física, bullying, comportamento discriminatório, homofóbico ou sexista, mensagens intrusivas, condutas inadequadas e comportamentos não aceitáveis – constituem violência psíquica no ambiente do trabalho. A ministra Delaíde Arantes, que compõe o Comitê Gestor Nacional do Programa Trabalho Seguro, destacou que o combate ao assédio moral é uma bandeira defendida pela Presidência, que criou uma comissão de combate à prática em todos os níveis.

Patologias

Estudioso do assunto, o desembargador Sebastião Oliveira, do TRT da 3ª Região, integrante do Comitê Gestor, falou sobre as chamadas “relações tóxicas” no ambiente de trabalho, que, segundo ele, acarretam as três patologias que mais acometem os empregados: estresse, transtorno de ansiedade e depressão. “O gestor precisa ter a sabedoria de buscar o rendimento ideal no trabalho, sem assediar o empregado na busca do alto desempenho e sem deixar tudo solto, com baixa exigência”, afirmou. “Ou seja, deve evitar o estresse de sobrecarga e o estresse de monotonia, pois ambos caracterizam o assédio moral”, concluiu.

Cultura de ética

O trabalho seguro e protegido consta expressamente da agenda da ONU sobre direitos humanos, o que coloca o programa Trabalho Seguro do CSJT em plena sintonia com os objetivos traçados por aquele organismo internacional. A meta proposta pelo presidente do CSJT e endossada pelo comitê é promover a cidadania, a capacidade empática e o respeito a terceiros. É essa cultura de conduta ética, de paz e tolerância mútuas que o CSJT pretende que os Tribunais Regionais do Trabalho difundam país afora.

Divulgação

A Secretaria de Comunicação Social do TST e a Divisão de Comunicação do CSJT apresentaram, ao fim da reunião, propostas para a divulgação do tema. Segundo a secretária de Comunicação, Patrícia Rezende, a escolha do tema foi oportuna e impactante. “É um assunto de muita repercussão e dará muita visibilidade positiva à Justiça do Trabalho”, afirmou. O chefe da Divisão de Comunicação do CSJT, Gabriel Reis, falou sobre os cuidados da equipe no tratamento gráfico e estético da questão referente à violência e explicou que o foco foi o enfrentamento e a superação, com ênfase no respeito no trabalho.

(GL/CF)