O seminário teve como tema “Violências no trabalho: enfrentamento e superação”.

O presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e do Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT), ministro Brito Pereira, participou, nesta quinta e sexta-feira (10 e 11), do seminário “Trabalho Seguro: Diálogos e Reflexões”, realizado no Foro Trabalhista de Araguaína (TO).

O seminário teve como tema “Violências no trabalho: enfrentamento e superação”, escolhido pelo Programa Trabalho Seguro para orientar as ações do biênio 2018-2020. A atividade tem o objetivo de contribuir para a diminuição do número de acidentes do trabalho registrados no Brasil, por meio da articulação entre instituições públicas federais, estaduais e municipais e a sociedade civil.

Abertura

Membro da mesa de abertura, o ministro Brito Pereira destacou a importância da prevenção de acidentes de trabalho. “Mesmo um acidente simples pode ter reflexos negativos em cadeia. Ele interfere negativamente na empresa, que sofre quando não oferece aos empregados ambiente e equipamentos que possam minimizar e reduzir os acidentes”, assinalou. “Além de reduzir a credibilidade da empresa, também atinge o trabalhador e sua família, pois a doença interfere emocional e economicamente no ambiente doméstico”.

Para o ministro, eventos como esse despertam uma cadeia de interesses e de lições. “Por isso dizemos que estamos educando a cada atividade dessa natureza”, concluiu.

De acordo com a presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (DF/TO), desembargadora Maria Regina Machado Guimarães, a violência no ambiente de trabalho provoca adoecimentos e mortes. "Por essa razão, devemos diagnosticar, identificar e buscar formas de enfrentamento para que o trabalho deixe de ser um mecanismo de degradação humana, exploração, violência e passe a figurar como um recurso humano necessário à melhora na saúde e à autorrealização humana", enfatizou a magistrada.

Para a gestora regional do Programa Trabalho Seguro no Tocantins e diretora do Foro de Araguaína, juíza Sandra Nara Bernardo, a atividade é fundamental para a comunidade local. “O Trabalho Seguro é sempre importante porque trata da proteção da saúde e da preservação da vida humana. O Seminário na cidade de Araguaína reveste-se de singular significado pelo enfoque na saúde mental, no enfrentamento do sofrimento e sua superação, principalmente para a categoria dos professores que, na atualidade, está sujeita a pressões de toda ordem, recaindo sob sua responsabilidade o futuro da nação”, comentou.

Também participaram na mesa de abertura desembargadores e juízes do trabalho do TRT da 10ª Região (DF/TO), membros do Ministério Público do Trabalho (MPT) e da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Tocantins, além de coordenadores de curso e do diretor geral da Faculdade Católica Dom Orione. Após a abertura, o evento teve prosseguimento com as palestras “Formas de violência no trabalho, possibilidades e seu correto enfrentamento”, da professora Liliam Ghizoni, e “Técnicas aplicadas de mindfulness”, do professor Fabrício Cavalcante.

Diálogos e reflexões

“Trabalho Seguro: Diálogos e Reflexões” é um evento destinado a estudantes de Psicologia e de Direito e a professores da rede particular e pública da região – categoria mais propensa a sofrer violência no trabalho. As atividades de quinta-feira (10) foram direcionadas para professores e alunos dos cursos de Direito e Psicologia. Nessa sexta-feira (11), a programação esteve voltada para os professores da rede estadual e municipal.

O seminário é resultado do sucesso de atividade semelhante realizada em 2018 pelo TRT da 10ª Região em Dianópolis (TO), que reuniu mais de 500 professores da região. A iniciativa foi classificada pelo corregedor-geral da Justiça do Trabalho, ministro Lelio Bentes Corrêa, durante a correição no TRT em 2018, como ação afirmativa e boa prática.

VC/CF – com informações do TRT da 10ª Região (DF/TO)