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Voltar Ciclo de encontros debate representatividade das mulheres na área de Tecnologia da Informação

O encontro de abertura contou com a participação de quase 180 participantes de todo o Judiciário trabalhista do país.

Print da tela com as participantes e participantes do encontro de abertura.

Print da tela com as participantes e participantes do encontro de abertura.

13/12/2022 - O Conselho Superior da Justiça do Trabalho promoveu, nesta terça-feira (13), o evento inaugural do Ciclo de Encontro Virtuais: Liderança Digital para Mulheres. O encontro virtual, que tem o objetivo de fomentar a participação de magistradas e servidoras na área da Tecnologia da Informação no Judiciário Trabalhista, contou com a participação de quase 180 participantes.

Na abertura do encontro, o presidente do Tribunal Superior do Trabalho e do CSJT, ministro Lelio Bentes Corrêa, destacou que a iniciativa tem como enfoque alinhar-se com os objetivos de desenvolvimento sustentável da agenda 2030 da Organização das Nações Unidas, em especial com a promoção do trabalho decente, por meio da promoção da equidade de gênero. “Ressalto o comprometimento institucional do TST e da Justiça do Trabalho com o combate a todas as formas de discriminação, inclusive a de gênero”.

Trajetórias 

Uma roda de conversas sobre a trajetória de cada uma das convidadas da área de Tecnologia da Informação marcou a edição de abertura do encontro. Participaram as secretárias de TI do Supremo Tribunal Federal (STF), Natacha Moraes; do Tribunal de Justiça de Sergipe (TJSE), Denise Moura; do Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região (BA), Erica Rossiter e do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), Juliana Neiva.

As especialistas em TI relataram que, durante a formação ou na inserção no mercado de trabalho, encontraram poucas mulheres atuando na área, que é dominada por profissionais do gênero masculino. Para elas,  existe uma necessidade maior de representatividade feminina na área de Tecnologia da Informação, de modo que as que estão inseridas nesse meio devem sempre procurar ajudar outras mulheres, para que esse espaço seja mais dividido com o universo masculino.

Representatividade

“Essa é uma causa dos homens e das mulheres. Eu nunca tinha parado para pensar, mas, a alguns tempos atrás eu usava algumas vendas pensando que nunca havia passado por algum problema de discriminação ou machismo. Na verdade, o nosso jeito de ser, com tantos desafios, que a gente simplesmente começa a trabalhar e não para muito para pensar, mas eu nunca mais neguei que isso é verdade”, afirmou a secretária de TI do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), Juliana Neiva.

Ao comparar o momento atual com o seu momento de formação, Erica Rossiter destacou que atualmente existem muitas iniciativas de inserção femininas, não necessariamente interconectadas. “Eu enxergo que o momento atual é um momento propício e estão se formando uma rede de iniciativas e, hoje, já tem muita gente trabalhando e se esforçando nessa maior inserção do universo feminino em diversos aspectos”, disse. “Particularmente, eu participo de um grupo que se chama ‘Elas Projetam’, que são diversas iniciativas femininas que buscam promover a representatividade”, completou a secretária de TI do TRT da 5ª Região (BA).

Para Denise Moura, do TJ-SE, a quantidade de cursos na área de TI aumentaram, porém, está havendo uma maior evasão de mulheres. “Elas até se matriculam,  mas vão largando o curso. A gente precisa de estratégias mais assertivas com a realização de políticas públicas para a inclusão de mulheres, como eventos como este Ciclo de Encontro Virtuais”.

Para a secretária de TI do STF, Natacha Moraes, deve ser feita uma análise crítica sobre o motivo de ter poucas mulheres na área de TI dos órgãos públicos. “Nós temos poucas mulheres trabalhando conosco nessa área, muitas dessas mulheres acabam ao longo do caminho desistindo de procurar maiores espaços de galgar outras posições por diversas dificuldades”, afirmou. “Buscar esses espaços é uma luta de homens e mulheres, porque temos nossos direitos e devemos lutar por esses espaços”, completou.

O evento continuará em 2023 com novos encontros.

(Nathália Valente/AJ)

Rodapé Responsável DCCSJT