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Voltar Justiça do Trabalho do Ceará promove debate no Dia Internacional do Orgulho LGBTQIAPN+

Descrição da imagem no fim da matéria.

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3/7/2023 -  No Dia Internacional do Orgulho LGBTQIAPN+ (28 de junho), o Tribunal Regional do Trabalho da 7ª Região (CE) trouxe para debate o colóquio “Respeito à Diversidade nas Relações de Trabalho”. Em torno de 80 pessoas (público presencial e virtual) participaram do evento ocorrido no auditório da Escola Judicial do TRT-7. A equipe apresentadora foi formada por magistrada, advogado, servidora e servidor. Em comemoração à data, o coral Sétima Voz interpretou algumas canções. O evento foi transmitido ao vivo pelo Youtube.

Na abertura do evento, o presidente do TRT-7, desembargador Durval César de Vasconcelos Maia, destacou a importância de discutir o tema da diversidade no ambiente laboral. “Nós temos que aprender sobre o assunto e apoiar as iniciativas que visem ao combate de práticas preconceituosas e abusivas”. Em alusão à data comemorativa, o magistrado assinou a Carta de Compromisso do TRT-7 para o Combate ao Assédio Moral, Sexual e à Discriminação. O gestor assistiu a todas as exposições e finalizou o seminário enaltecendo a contribuição e bravura de cada palestrante.

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Identidade

Ao dar início à roda de conversa, a juíza do trabalho Maria Rafaela de Castro falou sobre os conceitos de sexo, identidade de gênero e orientação sexual, além de mencionar julgados de tribunais sobre o uso do banheiro por pessoas transgêneras. “A identidade de gênero relaciona-se a uma experiência interna, individual e profundamente sentida, que cada pessoa tem em relação ao gênero, sua autopercepção”, avaliou.

“Este momento é histórico, a gente está falando de um assunto extremamente importante. Sou servidor há 26 anos, cheguei aqui no TRT muito novo, e é a primeira vez que sou chamado para dialogar sobre um assunto que me perpassa, que me transversa, que fala também sobre mim. Queria compartilhar com vocês o sentimento de inclusão. É como se 26 anos depois vocês estivessem me dizendo um ‘seja bem-vindo, Marquinhos’. Com esse texto de abertura, o servidor Marcus Rógenes emocionou o público presente e ilustrou seus comentários com dados históricos e slides sobre diversidade.

“A gente não consegue andar em paz em lugar nenhum. Todo mundo fica olhando pra gente, com olhares, com cochichos, com depreciação”.  O advogado Roberto Lima, vice-coordenador do Instituto Brasileiro de Transmasculinidades do Ceará, relatou a dificuldade de pessoas trans, citando a sua experiência pessoal. “Eu mesmo morro de medo de sair de casa à noite e sofrer um ‘estupro corretivo’. Passamos por inúmeras violências só pelo fato de ser quem somos”, desabafou o homem trans.

Mães da Resistência

“Ter um filho LGBT não é problema. O problema são os outros”. Representando o Coletivo Mães da Resistência, a servidora Cristina Helena Veras expôs “as dores, os medos, as angústias e as aflições” e tudo o que cerca a sua filha, a si própria e a todas as pessoas que têm filhos e filhas LGBTQIAPN+ dentro de casa. Cristina representou, com vivacidade, as mães presentes, ausentes e silenciadas, reforçando a importância do acolhimento e respeito com esse público.

Cristina finalizou sua apresentação com a exibição de um vídeo sobre as atividades desenvolvidas pelo Coletivo Mães da Resistência. No evento, várias representantes da instituição estavam presentes e disponibilizaram para o público cartilhas e folderes educativos.

Também compareceram ao colóquio, a coordenadora de Diversidade Sexual da Prefeitura de Fortaleza, Andrea Rossati e o vereador da Câmara Municipal de Fortaleza, Ronivaldo Maia.

Agenda 2030

A realização desse evento está relacionada com o comprimento da meta do Conselho Nacional de Justiça que integra a Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU) ao Poder Judiciário. A Agenda 2030 da ONU é um plano de ação para as pessoas, o planeta e a prosperidade, que busca fortalecer a paz universal.

Dentre os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, o número 5 tem como objetivo garantir o fim da discriminação contra mulheres e meninas em todos os lugares. O número 10 visa reduzir as desigualdades socioeconômicas entre as nações e combater discriminações de todos os tipos. Já o número 16 pretende promover sociedades pacíficas e inclusivas e proporcionar acesso à justiça para todos.

Confira como foi o evento na integra:

Fonte: TRT da 7ª Região (CE)

Descrição da imagem: Diversas pessoas posando para foto segurando uma das bandeiras do movimento  LGBTQIAPN+ (bandeira do arco-íris), além de cartazes do Coletivo Mães da Resistência escrito com uma imagem de uma borboleta colorida e as frases "Me chame pelo meu nome" e "e se fosse seu filho?".

Rodapé Responsável DCCSJT