Nova versão do PJe é lançada no Tribunal Regional do Trabalho da 18a Região - CSJT2
A versão 2.1 do Processo Judicial Eletrônico (PJe) foi apresentada nacionalmente na tarde de segunda-feira (19/2) no Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região. Trata-se da primeira versão nacional da arquitetura 2.0 do PJe, ferramenta utilizada para a tramitação de processos no Judiciário Trabalhista e que chega com a promessa de ser mais rápida, mais confiável e mais interativa para seus usuários.
A solenidade de apresentação da nova versão reuniu desembargadores, juízes, servidores e advogados que atuam no Regional. A apresentação foi conduzida pelo juiz Fabiano Coelho de Souza, atual coordenador nacional do PJe na Justiça do Trabalho, e pelo juiz da 3ª Região, Fabiano de Abreu Pfeilsticker, que assumirá a coordenação do PJe no próximo dia 26.
Ao falar ao público presente no auditório sobre a nova versão do PJe, o juiz Fabiano Coelho agradeceu ao Tribunal por ter aceitado a indicação do ministro Ives Gandra, presidente do CSJT, para que o lançamento nacional da nova versão fosse feito em Goiás. “Para mim, é uma alegria muito grande estar aqui no TRT18 para apresentar essa nova ferramenta que representa também uma nova era na Justiça do Trabalho”, enfatizou Fabiano Coelho, que reassumirá em breve as suas atividades como juiz titular da Vara do Trabalho de Formosa (GO).
Segundo Fabiano Coelho, no projeto de desenvolvimento do PJe inaugurou-se, nos últimos anos, um marco de descentralização que dificilmente terá volta porque esse trabalho em conjunto mostrou que a Justiça do Trabalho realmente é uma família. “Quando decidimos entrar de corpo e alma nesse projeto da versão 2.0 só conseguimos o êxito porque os 24 TRTs e o TST assumiram a sustentação da versão antiga para que pudéssemos centrar os esforços nessa nova plataforma”, explicou.
E, para que isso fosse possível, o juiz disse que foi decisivo o papel do Grupo de Negócios, que é um grupo formado por magistrados e servidores que fazem um filtro das demandas do PJe e orientam os técnicos sobre como o sistema deve ser comportar para ser o melhor possível para os usuários. Na oportunidade, o juiz agradeceu a juíza Alciane Margarida e os servidores Felipe Rondom e Flávio Tormim que auxiliaram a coordenação ao longo do biênio.
Novidades
Ao apresentar a nova versão, o juiz Fabiano Pfeilsticker comparou a evolução do PJe com a de um carro que saiu de uma versão 1.0 para a 2.0, mais veloz e melhor. Ele falou do índice de satisfação dos usuários com o PJe, que foi crescendo ao longo dos anos, e citou o percentual junto ao Ministério Público do Trabalho (MPT), que é de 87% de satisfação. “Nós conseguimos, de uma certa forma, traduzir os anseios dos usuários nessa nova versão”, acrescentou.
Em um telão, ele mostrou a semelhança entre a tela inicial da nova versão do PJe utilizado na Justiça do Trabalho com a tela inicial do PJe 2.0 do Conselho Nacional de Justiça. Fabiano Pfeilsticker disse que atualmente há duas formas de assinatura no PJe, por meio do assinador próprio chamado de Shodo e por meio do assinador PJe Office do CNJ. A partir de agora, segundo explicou o juiz, não será mais necessário se preocupar com atualizações do Java e do navegador no computador para usar o PJe 2.0, eliminando um verdadeiro martírio na vida do usuário.
Outra novidade demonstrada pelo juiz Pfeilsticker é o acesso por senha, dispensando o certificado digital, o que permite ao usuário entrar no PJe usando um celular, um tablet ou um computador em qualquer lugar do mundo. No entanto, ele atentou para o fato de que o usuário não conseguirá assinar documentos sem o uso do certificado digital, apenas realizar consultas e outras tarefas que não dependam de assinatura.
Ao mostrar a nova interface do PJe, o futuro coordenador nacional do sistema citou ainda outras melhorias. Ele mostrou, por exemplo, que a tela é responsiva, ou seja, os itens e a configuração em colunas se adéquam ao tamanho do monitor do usuário, as tarefas foram agrupadas por temas e há também notificações importantes em bolinhas vermelhas, semelhantes às notificações que o usuário recebe em seus aplicativos de celulares.
Também é possível escolher um avatar ou colocar uma foto do usuário para personalizar a tela. “O usuário tem que ter a sensação, quando ele entra no sistema, de que aquele é o PJe dele. Ele também poderá ver os processos que estão atribuídos a ele, complementou”. Outra funcionalidade da nova versão é que ela permite ao usuário clicar em um botão e voltar ao layout da versão antiga para realizar suas tarefas, caso ele queira.
A nova versão já esá disponível para todo o TRT18, mas apenas as Varas do Trabalho de Inhumas e Formosa receberam habilitação para executarem as tarefas na nova interface do PJe. Posteriormente, haverá habilitação gradual para as demais Varas e gabinetes de desembargadores ao longo do semestre.
Na abertura da solenidade de apresentação do novo PJe, o presidente do TRT18, Platon Teixeira de Azevedo Filho, disse acreditar que a nova versão tornará o andamento processual mais rápido e melhor. “Quando surgiu o PJe, nós já tínhamos um sistema próprio e sofremos muito com a novidade, mas acho que hoje ninguém está querendo voltar (ao sistema antigo). Acho que estamos à frente de muitos tribunais pelo Brasil afora e com o trabalho dos dois Fabianos (em referência aos dois juízes) e dos demais colegas aqui presentes nós vamos avançar mais ainda”, ressaltou.
Fonte: TRT18, com adaptações
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