Projeto de inclusão de jovens no mercado de trabalho no RS é apresentado no TST/CSJT - CSJT2
O Projeto Pescar é um convênio firmado com a Fundação Projeto Pescar, o Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (RS), entre outras instituições.
Participantes posaram para foto no final do evento. (Foto: Fellipe Sampaio)
2/9/2022 - Integrantes do Projeto Pescar, iniciativa que tem como objetivo proporcionar a qualificação profissional e o desenvolvimento pessoal de jovens entre 16 e 19 anos em situação de vulnerabilidade social no Rio Grande do Sul, foram recebidos no Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília, para uma apresentação sobre a iniciativa que promove a inclusão desses jovens no mercado de trabalho. A cerimônia ocorreu nesta sexta-feira (2/9), no salão nobre do TST.
“Eu tinha as palavras, mas não tinha uma voz. O Projeto Pescar me deu essa voz”, disse Arthur Orli, ex-aluno da turma de 2019 da Comunidade Jurídico-Trabalhista. Ele atualmente trabalha em um escritório de advocacia da capital gaúcha e seu relato se somou ao de outras pessoa durante a apresentação do Projeto no âmbito do TST e do CSJT.
O integrantes foram recebidos pelo presidente do TST e do Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT), ministro Emmanoel Pereira, e pelos ministros Lelio Bentes, e Evandro Valadão, coordenador nacional do Programa de Combate ao Trabalho Infantil e de Estimulo à Aprendizagem da Justiça do Trabalho.
Justiça Social
“A identidade do nosso segmento de Justiça, materializada com o lema de sermos o Tribunal da Justiça Social, ganha destaque através dessa ação desenvolvida no âmbito do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (RS), com o apoio de entidades parceiras, e que representa mecanismo eficaz para o combate à exploração do trabalho infantil através do estimulo e aprendizagem dos nossos jovens”, destacou o ministro Emmanoel Pereira, na abertura da apresentação.
Segundo integrantes e representantes do projeto que coordenam a iniciativa, além de formação técnica em diversas temáticas como informática, tecnologia, sustentabilidade, matemática financeira, logística, entre outras, os estudantes também recebem capacitação que estimula o autoconhecimento e fortalecimento da saúde mental, como forma de abordar os indivíduos em todas as suas esferas. Esse contexto foi destacado como estratégia utilizada para as ações do Projeto pelo seu superintendente, Ézio Rezende, e pelo Educador Social do projeto, André Cintra de Oliveira.
Desenvolvimento pleno da cidadania
Na visão do ministro Lelio Bentes, que conheceu o trabalho enquanto ocupou o cargo de corregedor-geral da Justiça do Trabalho no biênio 2018-2020, a simplicidade das soluções pode trazer resultados gigantescos. “Uma música do Renato Russo termina dizendo: ‘quem acredita sempre alcança’. Essa mensagem é importante para os aprendizes e têm um significado especial para os que estão à frente do programa, que começou como uma iniciativa pequena e que trouxe para dentro da Justiça do Trabalho esse compromisso, essa vontade de colaborar para o desenvolvimento pleno da cidadania desses jovens”, afirmou.
Como forma de estimular ações que potencializam e espalham o ideal do Projeto Pescar para outros tribunais, a desembargadora Carmem Gonzalez, do TRT-4 (RS), destacou a importância de um momento de compartilhamento como o que o TST e o CSJT permitiram. “O Projeto Pescar transforma a todos, aos jovens e a nós; e ele precisa de impulso institucional”.
O projeto
O Projeto Pescar é um programa de inclusão social realizado por meio de convênio firmado com a Fundação Projeto Pescar, o Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (RS), o Ministério Público do Trabalho (MPT) e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/RS). A iniciativa, que já formou mais de 80 jovens em situação de vulnerabilidade social no curso "Iniciação Profissional em Serviços Administrativos", foi finalista do Prêmio Innovare em 2021.
Desde 2017, a formação em “Iniciação Profissional em Serviços Administrativos”, que possui cerca de 800 horas/aula, já foi oferecida a mais de 110 alunos.
(JS/AJ)