TRT da 2ª Região (SP) realizou encontro e formatura de conciliadores - CSJT2
Conciliação Trabalhista
Dados Finais

Foi realizado, no dia 28 de junho, o 3º Encontro de Conciliadores e Encerramento do Módulo III de Formação e Capacitação de Conciliadores, no auditório da Escola Judicial do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (SP), na capital de São Paulo. O evento marcou a formação de mais uma turma de servidores aptos a promover a conciliação como meio de solução de conflitos na 2ª Região (SP). Foram 32 alunos formados, que passaram por treinamento com duração total de 152 horas.
Na abertura do evento, a desembargadora Jucirema Maria Godinho Gonçalves, vice-presidente do TRT e coordenadora das atividades do Nupemec-JT2 e Cejuscs, destacou: “É muito gratificante ver a quantidade de servidores que se interessam pela conciliação”. Para a desembargadora, a conciliação é o caminho para o futuro da Justiça do Trabalho e, por essa razão, o TRT vem empreendendo tantos esforços na temática.
Os novos conciliadores receberam o certificado de conclusão do III módulo de capacitação em conciliação pelas mãos do juiz Mateus Hasses Jesus, da advogada Célia Zapparolli, da secretária da Escola Judicial do TRT, Maria Claúdia Daidone, da servidora Hilda Francisca de Paula e do diretor do Nupemec-JT2, Luis Antonio Travain. Na ocasião, a servidora formanda Taisa Evelin representou a turma e falou um pouco da experiência na formação.
A juíza Valeria Ferioli Lagrasta, do Tribunal de Justiça de São Paulo, ministrou a palestra “Políticas públicas de solução de conflitos – perspectivas”. Valéria destacou que, cada vez mais, deve-se buscar não apenas solução para o conflito específico, mas a verdadeira reestruturação do diálogo entre as partes. “O bom conciliador é aquele que faz com que as partes voltem a conversar, evitando conflitos futuros”.
No painel Núcleo Permanente de Solução de Conflitos no TRT da 2ª Região (SP) e no TRT da 15ª Região (Campinas/SP), a desembargadora aposentada Regina Maria Vasconcelos Dubugras mediou o diálogo entre a desembargadora Jucirema Maria Godinho Gonçalves e a desembargadora Ana Paula Pellegrina Lockmann (TRT da 15ª Região), coordenadora do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Disputas (Nupemec) daquele regional. Ambas as coordenadoras apresentaram os avanços conquistados com o incentivo às conciliações nos TRTs, apontando os desafios enfrentados, bem como as perspectivas para o futuro nos regionais.
A desembargadora Ana Paula afirmou: “O acordo só é eficiente quando é bom para ambos os lados”. Ela trouxe ao público a experiência da 15ª Região (Campinas/SP) na área e os bons resultados que vêm sendo alcançados. A desembargadora Jucirema anunciou a estruturação do Cejusc de 2ª Instância, que em breve será inaugurado pelo TRT da 2ª Região (SP). A mediadora do painel, desembargadora Regina Dubugras, apontou que “o bom conciliador é aquele que consegue aplicar tudo o que aprende na própria vida e no seu ambiente de trabalho”.
Essa expansão das técnicas para o aprimoramento de todo tipo de relação social foi a tônica do encerramento do evento. Durante sua apresentação, o professor Silvio de Melo Barros tratou de Comunicação Não Violenta (CNV) e de como a técnica pode colaborar para uma vida mais consciente e harmônica. “Por meio da CNV, vemos que todos temos as mesmas necessidades. Por exemplo: segurança, descanso e compreensão são necessidades universais. O conflito nasce na estratégia que usamos para ter essas necessidades atendidas”, afirmou, ao frisar que a chave para a CNV é “sair do modo automático”, ouvindo o outro e também a si mesmo, afinal, “onde tem conflito, há sempre uma necessidade que não está sendo atendida”.
O acesso à justiça com ordem jurídica adequada pressupõe uma mudança da cultura de método de resolução de conflitos. Deve-se buscar uma solução justa e efetiva para a disputa, com pessoas que tenham capacitação e qualificação para isso, pois, como destacou a juíza Valéria Ferioli Lagrasta, “a sentença é muito menos satisfatória para as partes do que um acordo que foi bem trabalhado e feito por um conciliador ou mediador bem capacitado”.
Veja aqui como foi a programação completa do encontro.
Fonte: TRT da 2ª Região (SP)








