A juíza Ana Paula Kotlinsky Severino, da 29ª Vara do Trabalho de Porto Alegre (RS), utilizou o Whatsapp para facilitar a participação de uma trabalhadora em uma audiência de conciliação. A audiência estava ocorrendo por videoconferência no Google Meet, onde a juíza já estava em contato com os demais participantes. Como a autora do processo teve dificuldades para acessar a plataforma, a magistrada resolveu se comunicar com ela por meio de uma videochamada no aplicativo de mensagens instantâneas.

Durante a audiência, a juíza conversou com a trabalhadora pelo Whatsapp, na tela do celular, e com o representante da reclamada e os advogados das partes pelo Google Meet, no computador. A trabalhadora conseguiu acompanhar as negociações, fazer perguntas, tirar dúvidas e entender melhor a proposta de acordo. "Esse diálogo foi fundamental para chegarmos à conciliação", ressalta a magistrada. O acordo homologado solucionou a reclamatória trabalhista ajuizada contra a empresa, uma corretora de seguros.

Atualmente, todas as audiências da Justiça do Trabalho são realizadas por videoconferência, como medida de prevenção à Covid-19. A juíza Ana Paula Severino avalia que o formato está sendo muito positivo. "Há um certo receio no início mas, aos poucos, quando as pessoas conhecem melhor, ganham confiança. Acredito que a videoconferência poderá ser usada em muitos casos, mesmo depois da pandemia, pois traz benefícios para todos os envolvidos. Não se perde tempo com deslocamentos e há menos custos", conclui.

Fonte: TRT da 4ª Região (RS)