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Curso de Mediação e Conciliação Sistêmica no TRT da 19ª Região (AL) chegou ao fim na última segunda-feira (11)
(21/11/2019)
O curso de Mediação e Conciliação Sistêmica na Justiça do Trabalho foi encerrado na última segunda-feira (11) no auditório da Escola Judicial do Tribunal Regional do Trabalho da 19ª Região (AL). A palestra de encerramento foi feita pela juíza do Trabalho Alda Barros de Araújo Cabús, titular da 9ª Vara do Trabalho de Maceió (AL). A capacitação foi iniciada em setembro e contemplou oito módulos, apresentados pela magistrada, por uma advogada, por servidores do Tribunal e psicólogos.
A juíza Alda Barros falou sobre os temas "O Direito Sistêmico no Brasil", "As 3 consciências", "O Triângulo do Drama" e a "A Aplicação do Pensamento Sistêmico em Audiências Trabalhistas e no CEJUSC-JT". A servidora Carla Terra (CAE) realizou palestras com os temas "Ordens do amor" e "Culpa e inocência nos relacionamentos". Já o também servidor Sóstenes Lima falou sobre "Ordens da Ajuda" e "Campo Morfogenético".
O curso também teve a participação dos psicólogos João Bastos, Janine Ferro e Lúcia Cerqueira, que falaram sobre os temas "Atitude Terapêutica no contexto das Mediações e Conciliações"; "As Novas Constelações, por Bert Hellinger"; e "Ser Terapeuta: cuidar-se para cuidar". Coube à advogada Ana Karine Almeida falar sobre "Introdução à Justiça Restaurativa" e "Círculos de Construção da Paz: Justiça Restaurativa".
Para a juíza Bianca Calaça - uma dos 28 participantes da formação voltada para servidores e magistrados - o curso foi uma experiência ímpar. "Longe do formalismo jurídico que lidamos, tivemos a oportunidade de aprender a sentir e acolher mais os que nos cercam. As Ordens do Amor, trazidas da Constelação Familiar Sistêmica, por exemplo, desafia-nos a lançar um novo olhar sobre as relações pessoais, iluminando-nos na compreensão dos conflitos e suas raízes, servindo como um poderoso elemento de alcance da pacificação", afirmou, defendendo que a experiência seja aplaudida e repetida no TRT.
A juíza Alda Barros assegura que a experiência foi bastante satisfatória pelo despertar da consciência dos participantes em geral e também por ter tido a oportunidade de repassar os estudos e vivências que vêm sendo disseminados na Justiça a partir da abordagem sistêmica, com experiências altamente positivas na resolução de conflitos. “Esse curso decorre de uma cooperação de vários profissionais que têm se dedicado ao tema e puderam nos presentear com seus ensinamentos. O resultado, na prática, além do amadurecimento emocional dos participantes, é que as partes saem da sala de audiências mais satisfeitas com a atuação jurisdicional e com muitos dos aspectos subjetivos da lide vistos e tratados. Só quem está em paz pode levar o outro a encontrar esse caminho”, acrescenta.
Ao final do curso, cada aluno pode expressar sua conexão com os temas tratados em forma de arte, poesia, música, literatura ou lendo seu depoimento pessoal, em um clima de grande envolvimento, empatia, absorção dos conteúdos e muita cumplicidade.
A servidora Kely Teixeira usou uma crônica para falar de sua experiência. Para ela, o curso mostrou a necessidade de aprender a parar, respirar e sentir. "O olhar cuidadoso está se tornando sistêmico, atento ao pertencimento, à hierarquia, ao equilíbrio... seja nas questões pessoais ou profissionais", disse. "Para quem entende capital e trabalho como antagônicos, adotar círculos de construção de paz no judiciário trabalhista é uma verdadeira revolução", complementou, lembrando que a caminhada é longa, mas o importante é ter dado o 1º passo.
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Fonte: TRT da 19ª Região (AL)